quarta-feira, 25 de junho de 2008

Convite


Quinta da Cruz - Mancelos - Vila Meã

12 de Julho de 2008
das 15h00 às 17h30

15 h 00 — Recepção
15 h 30 — Abertura
15 h 45 — Apresentação do Blogue
http://monumentosvivos.blogspot.com/
16 h 30 — Coffee Break
16 h 45 — Entrevista “ História de Vila Meã”
Convidado: Prof. Dr. António Queirós
17 h 30— Encerramento

Exposição

“O Despertar de um Sonho”
Artista Pintora: Rosa Carvalho
http://pintorarosacarvalho.blogspot.com/

terça-feira, 17 de junho de 2008

Bem vindo ao nosso Blogue!

Nós somos um grupo de formandas de um curso EFA (Educação e Formação de Adultos), nivel B3, na área de Práticas Administratrativas. Porque devemos pensar localmente e valorizar o que de bom temos, decidimos divulgar algum do Património de Vila Meã, Travanca e Mancelos, através da elaboração deste blogue.


Entidade formadora:

Baldaia & Associados

Formandas:

Anabela Pinto, Angelina Teixeira, Carla Pereira, Celeste Fernandes, Fátima Teixeira, Graça Sousa, Isaura Carneiro, Liliana Teixeira, Lúcia Morgado, Rosa Carvalho, Sandra Ribeiro e Sónia Magalhães.

Formadores:

Brigite Beato, Delfina Carvalho, Sara Carvalho, Sandra Pereira, Cristina Macedo, Rosário Meneses, Sara Maia.

Aguardamos o seu comentário.

Igreja de Oliveira

Identificação

Designação: Igreja Matriz de Oliveira
Categoria / Tipologia: Arquitectura Religiosa/ Igreja

Localização

Divisão Administrativa :Porto / Amarante / Oliveira
Endereço / Local :Oliveira

Protecção

Situação Actual : Não Classificado

Descrições:

Nota Histórico-Artistica

A igreja Matriz de Oliveira foi construída no século XVIII, restaurada e ampliada durante o século XX, pintada de branco, com uma imponente torre sineira e dois painéis de azulejos na frontaria, onde existe uma cruz antiga com quinhentos anos.
Nesta igreja estão representados entre outros; S. Paio, nossa Senhora da Guia e Senhora do Amparo.
O dia do Santo Padroeiro “S. Paio” é no sete de Julho.

Bibliografia

URL: http://www.amarante.pt/freguesias/oliveira/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=23

Imagens





Casa do Carvalho

Identificação

Designação: Casa do Carvalho
Categoria / Tipologia: Arquitectura Civil / Casa

Localização

Divisão Administrativa: Porto / Amarante / Real
Endereço / Local: Real

Protecção

Situação Actual: Classificado
Categoria de Protecção: IIP Imóvel de Interesse Público
Decreto 28/82, DR 47, de 26-02-1982

Descrições

Nota Histórico-Artistica

A Casa do Carvalho foi fundada nos princípios do século XVII, pelo abade de Avessadas (António Mendes de Vasconcelos) que lhe juntou uma vasta área de terras, aráveis de floresta, dotando-a, ao lado nascente, de uma capela dedicada a Santo António, orago da freguesia que ele curava.

Casa essa onde vivia José Gouveia Mendes de Vasconcelos, mais conhecido por fidalgo do Carvalho, nome porque era mais conhecido pelo povo de Real. Era uma das poucas figuras das redondezas que descendia da nobreza, havendo nos seus antepassados muitos nomes ligados a feitos da história de Portugal.

A esta construção foi acrescentado, no século IX, um amplo torreão cujo perfil concede um carácter particularmente imponente à habitação senhorial, recortando-se entre o arvoredo circundante. O acesso à quinta faz-se por um portal de aparato, com frontão de lanços encimado por pedra de armas, e vazado por arco abatido.


A casa original possui planta rectangular simples, à qual se adossa uma capelinha de planta quadrada no topo esquerdo, e a referida torre à direita. O corpo quinhentista compõe a ala residencial, com dois pisos relativamente baixos, rasgados por janelas de guilhotina com verga curva.
O portal principal situa-se sobre a esquerda, no piso nobre, sendo acessível por escadaria de construção moderna. A torre, de volumetria destacada, tem planta quadrada distribuída em três pisos, abertos por janelões de verga curva. O acesso faz-se por ampla escadaria de lanços, no topo direito. A capela é encimada por frontão triangular, sendo rasgada por portal de verga recta com pedra de armas no tímpano. A fachada principal é iluminada por duas frestas nas ilhargas do portal, e um óculo oval sob o frontão.

Bibliografia

URL: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=55553#lista

URL: http://www.ippar.pt/

Imagens





Igreja Matriz de Ataíde

Identificação

Designação: Igreja Matriz de Ataíde
Categoria / Tipologia: Arquitectura Religiosa/ Igreja

Localização

Divisão Administrativa: Porto / Amarante / Ataíde
Endereço Local: Ataíde

Protecção

Situação Actual: Não classificada

Descrições

Nota Histórico: Artistica

Salienta-se a sua sacristia com um antigo Altar, pertencente a um anterior templo da paróquia, com talha dourada.
Das imagens existentes naquela igreja, do século XVIII destaque-se a de S. Pedro, com a particularidade de ser quase semelhante ao tamanho natural.
Construída em 1783, com 225 anos, desconhecendo-se quem a mandou construir.

Bibliografia

Imagens





quinta-feira, 12 de junho de 2008

Antigos Paços do Concelho

Identificação

Designação: Antigos Paços do Concelho
Categoria / Tipologia: Arquitectura Civil

Localização

Divisão Administrativa: Porto / Amarante / Real
Endereço / Local: Real

Protecção

Situação Actual: Não Classificado

Descrições

Nota Histórico-Artistica

Os Antigos Paços do Concelho são uma construção dos fins do século XVI e princípios do Século XVII, no reinado de Filipe III de Portugal e IV de Espanha. As fachadas principais (oeste) e laterais (norte) ostentam várias peças de granito trabalhado que dão um toque senhoril àquele edifício municipal, que tem sido tomado por baluarte de defesa do regresso de Vila Meã à categoria de sede do concelho, tal como sucedeu até 25 de Outubro de 1855.

Bibliografia

URL: http://www.amarante.pt/freguesias/real/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=33

Imagens


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Contactos Uteis


NÚMEROS DE TELEFONE IMPORTANTES


BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VILA MEÃ - 255 732 222
CÂMARA MUNICIPAL DE AMARANTE - 255 420 200
CARTÓRIO NOTARIAL DE AMARANTE - 255 420 560
CLINICA SANTA CRUZ DE RIBA TÂMEGA - 255 734 153
CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE AMARANTE - 255 420 570
CONSERVATÓRIA DO REGISTO PREDIAL DE AMARANTE - 255 420 550
EDP (AVARIAS) - 808 505 505
ESTAÇÃO DO COMBOIO - 255 732 946
FARMÁCIA SÃO PEDRO DE ATAÍDE - 255 732 203
FARMÁCIA DE VILA MEÃ - 255 734 299
FARMÁCIA ESTEVES DE MANCELOS - 255 733 780
HOSPITAL DE S.GONÇALO - 255 410 500
HOSPITAL PADRE AMÉRICO - 255 714 000
POSTO DA GNR DE VILA MEÃ - 255 732 104
POSTO DE SAÚDE DE AMARANTE - 255 431 374
POSTO DE SAÚDE VILA MEÃ - 255 732 334
PT (AVARIAS) - 16 200
REPARTIÇÃO DE FINANÇAS AMARANTE - 255 420 670
TRIBUNAL DE AMARANTE - 255 426 261
CRUZ VERMELHA - 255 432 431
EXTERNATO DE VILA MEÃ - 255 730 400
PISCINAS DE VILA MEÃ - 255 735 342
BIBLIOTECA DE VILA MEÃ - 255 730 010
JUNTA DE FREGUESIA DE ATAÍDE - 255 734 336

Casa de Santa Cruz

Identificação

Designação: Casa de Santa Cruz
Outras Designações: Casa da Viscondessa
Categoria / Tipologia: Arquitectura Civil / Casa

Localização

Divisão Administrativa: Porto / Amarante / Ataíde
Endereço / Local: Ataíde

Protecção

Situação Actual: Não Classificado

Descrições

Nota Histórico-Artística

A casa da Viscondessa, o nome pelo qual é conhecida é de porte senhorial e tem brasão nas paredes. O seu projecto é da autoria do famoso arquitecto portuense, Marques da Silva, tendo sido inaugurada no início do século XX. O senhor que mandou construir a casa era filho de uma senhora que pertencia a uma família da casa da Botica, onde existia uma farmácia. Apenas com 16 anos viajou para o Brasil. Um dia, adoeceu e, como forma de cura, foi para o Sul do Brasil, para ser tratado pelos Índios. Quando ficou bom, resolveu aperfeiçoar os medicamentos que o curaram e construiu uma fábrica de produtos farmacêuticos tendo ganho muito dinheiro. Ainda no Brasil, casou com uma jovem, da qual teve seis filhos. Mais tarde, ficou viúvo e resolveu vir para Portugal. Já em terra natal de sua mãe, conheceu uma senhora irmã do Dr. Trocato que era médico em Vila Meã. Apaixonaram-se e casaram na Igreja de Ataíde. O casal foi viver para o Porto, numa casa muito grande em Santa Catarina. Viajavam várias vezes para o Brasil, onde mantinham o seu negócio industrial de produtos farmacêuticos e também os seus filhos do primeiro casamento. Por ser um senhor muito famoso e generoso, o Rei D. Manuel II deu-lhe o título de fidalgo cavaleiro e, passado algum tempo, o título de Visconde. Ele e a família vinham várias vezes passar férias a casa do sogro, dono da casa do Marmoiral. Certo dia, pediu ao sogro para aumentar a casa mas este não lhe deu autorização, no entanto, cedeu-lhe um terreno para que pudesse construir a sua própria casa. Foi então edificada a casa de Santa Cruz, mais conhecida pela casa da Viscondessa, porque a sua esposa também era assim chamada. Nenhum dos seus descendentes directos quis ficar com a casa. Foi o neto da senhora Viscondessa, o Engenheiro Afonso, também dono da casa do Marmoiral, quem tomou posse da mesma para não ser vendida a pessoas que não pertencessem à família. Actualmente, ela encontra-se desabitada e muito degradada precisando de obras.

Bibliografia

URL: http://www.amarante.pt/freguesias/ataide/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=22
Autor(es): Câmara Municipal de Amarante

Imagens



Pelourinho de Santa Cruz de Riba Tâmega

Identificação

Designação: Pelourinho de Santa Cruz de Riba Tâmega
Categoria / Tipologia: Arquitectura Civil / Pelourinho

Localização

Divisão Administrativa: Porto / Amarante / Real
Endereço / Local: Largo Carlos Freitas - Vila Meã

Protecção

Situação Actual: Classificado
Categoria de Protecção: IIP Imóvel de Interesse Público
Decreto: Decreto n.º 23 122, DG 231, de 11-10-1933

Descrições

Nota Histórico-Artística

A localidade de Santa Cruz de Riba Tâmega pertencia ao Concelho de Vila Meã. Beneficiou de farol novo outorgado por D. Manuel em 1 de Setembro de 1513, tendo sido edificada em 1573. Em 1855, o concelho foi extinto, gerando reacções de protesto. Em sinal desse protesto, a população desmantelou o Pelourinho e arrancou o brasão com as armas dos Castelos brancos (os senhores do concelho), que estava colocado por cima da porta do referido edifício, sendo as pedras escondidas na casa da Quintã. No terreiro desta casa, ainda permanece o dito Brasão. As peças foram encontradas e recuperadas no ano de 1950, pelo município de Amarante. Do original restavam apenas a base, a coluna e a parte do colunelo do meio, que servia de pé de mesa. O actual Pelourinho é todo em granito e é composto por: uma plataforma de três degraus quadrados; uma base de degrau quadrado, com bordos superiores chanfrados; uma coluna cilíndrica lisa, tendo no topo um pequeno anel saliente; um remate por ábaco quadrangular, de forte espessura, tendo quatro cantonais, constituídos por uma base prismática quadrangular, com remate piramidal; ao centro emerge um volumoso tronco de pirâmide quadrangular, apoiada em base prismática de pequena dimensão.

Bibliografia

Título: Pelourinhos Portugueses, Tentâmen de Inventário Geral
Local:Lisboa
Data: 1997
Autor(es): MALAFAIA, E. B. de Ataíde

URL: http//www.Vilamea.blogs.sapo.pt

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Igreja de São Martinho de Mancelos




Identificação

Designação: Igreja de São Martinho de Mancelos
Categoria / Tipologia: Arquitectura Religiosa / Igreja

Localização

Divisão Administrativa: Porto / Amarante / Mancelos
Endereço / Local: Lugar do Mosteiro

Protecção

Situação Actual: Classificado
Categoria de Protecção: IIP Imóvel de Interesse Público
Decreto: 24 374, DG 188, de 11-08-1934
ZEP: DR (I Série), n.º 156, de 09-07-1979, portaria n.º 332/79

Descrições

Nota Histórico-Artistica


Integrada na região de Amarante, o que resta do edifício românico de São Martinho de Mancelos revela a dependência estilística do conjunto ao grandioso projecto do vizinho Mosteiro beneditino de Travanca. Ele inscreve-se numa época já relativamente tardia, os meados do século XIII (ALMEIDA, 2001, p.124).
A igreja apresenta planta longitudinal comum à maioria dos monumentos românicos que chegaram até nós, composta por nave e capela-mor rectangular. Contém, todavia, dois outros espaços que não são correntes e que, ao mesmo tempo que monumentalizam o conjunto, ajudam a perceber a importância da empresa românica então realizada. O primeiro é a galilé que, apesar das evidentes transformações em épocas posteriores, deve remontar à construção original, ou eventualmente a uma fase muito próxima, como sugere o perfil apontado do seu portal. O segundo é a torre quadrangular, adossada à frontaria pelo lado Sul e composta por três andares, embora as campanhas posteriores (entre as quais se conta a transformação em torre sineira) não permitam uma mais rigorosa identificação dos pisos originais. Ambos estes espaços antecedem o templo propriamente dito e alargam o conjunto monumental, que adquire, assim, maior relevância e uma mais complexa funcionalidade, associada ao mosteiro aqui estabelecido pelo século XIII.



No interior da galilé, na fachada ocidental da igreja, abre-se o portal, que constitui o elemento românico mais significativo. De quatro arquivoltas, possui tímpano liso e anuncia já as formas góticas pelo perfil apontado da sua curvatura. Xosé Lois GARCÍA, 1997, pp.18-24, que estudou iconograficamente este conjunto, reconhece na decoração dos capitéis uma deliberada intenção de exaltar os elementos naturais, como forma de "reiterar Deus por meio da natureza".. Assim explica a diversidade de elementos vegetalistas, como lírios, palmeiras, videiras, oliveiras, etc. O campo figurativo foi reduzido a uma única composição, localizada nas consolas que suportam o tímpano. Aí vemos duas figuras de feições monstruosas, ao que tudo indica uma feminina e outra masculina, vergadas pelo peso do material pétreo, numa alusão ao pecado (IDEM, p.24).
Como instituição religiosa relevante no meio social da zona de Amarante, a igreja foi procurada por nobres e eclesiásticos para sua última morada, estando a galilé provavelmente relacionada com funções funerárias. No exterior da fachada Sul da igreja, abrindo para o que poderá ter sido o claustro monacal, existe um arcossólio que enquadra um túmulo, em cuja face se esculpiu, entre outros símbolos, um homem armado com lança perante o que parece ser uma cabra e um lobo.



No interior, existem duas portas laterais na nave e o arco triunfal, ladeado por dois retábulos de talha branca, é de perfil apontado apoiado em colunas. A capela-mor, confluente em retábulo contemporâneo dos anteriores, é coberta por tecto de madeira. O elemento mais interessante é a composição escultórica do lintel do portal principal, que integra duas pequenas personagens, "lindas e risonhas figuras diabólicas" que tentarão os homens no mundo quotidiano (IDEM, p.25).
Sem grandes transformações aparentes ao longo da época moderna, à excepção da conversão da torre em sineira e dos elementos de talha suprimidos aquando do restauro, só no século XIX encontramos os primeiros indícios de obras, nomeadamente no coroamento de ameias que anima a fachada principal da igreja. Mais recentemente, entre 1977 e 1968 e 1979 e 1985, a DGEMN procedeu a trabalhos gerais de restauro, onde se inclui a destruição de parte das obras de talha, a substituição de telhados, a reparação do interior da torre sineira, etc.
PAF

Bibliografia

Título: História da Arte em Portugal - O Românico
Local: Lisboa
Data: 2001
Autor (es): ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de

Título: Simbologia do Românico de Amarante, 2ªed.
Local: Amarante
Data: 1997
Autor(es): GARCÍA, Xosé Lois

Título: O mundo românico (séculos XI-XIII), História da Arte Portuguesa, vol.1, Lisboa,
Local: Lisboa
Data: 1995
Autor (es): RODRIGUES, Jorge

Título: História da Arte em Portugal, vol. 3 (o Românico)
Local: Lisboa
Data: 1986
Autor (es): ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de

Título: Portugal roman, vol. II
Local: -
Data: 1986
Autor(es): GRAF, Gerhard N.

Título: Arquitectura Românica de Entre Douro e Minho
Local: Porto
Data: 1978
Autor(es): ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de

URL: http://www.ippar.pt/pls/dippar/pat_pesq_detalhe?code_pass=72887

URL: http://www.turismoreligioso.org/



Imagens




Mosteiro de Travanca

Identificação

Designação: Mosteiro de Travanca, compreendendo o convento, a igreja e a torre
Categoria / Tipologia: Arquitectura Religiosa / Mosteiro

Localização

Divisão Administrativa: Porto / Amarante / Travanca
Endereço / Local: Lugar do MosteiroMosteiro 4605-457 TRAVANCA AMT

Protecção

Situação Actual: Classificado
Categoria de Protecção: Monumento Nacional (MN)
Decreto: 2 199, DG 16, de 27-01-1916

Descrições

Nota Histórico-Artistica

O Mosteiro de Travanca é uma prodigiosa edificação reminiscente da idade média, cuja robustez granítica marca as terras férteis do flanco ocidental do concelho de Amarante.
Classificado de “Monumento Nacional” desde 1916.
Pela origem e pelas características arquitectónicas da Igreja, consagrada ao Divino Salvador, constitui o mais representativo exemplar românico erigido em terras amarantinas pela Ordem de São Bento, sendo um dos melhores de Entre-Douro e Minho e talvez o mais antigo em todo o país.
A edificação desta obra é datada do século X, em 970, e a sua fundação atribuída a D. Garcia Moniz, filho de D. Múnio Viegas.
No Mosteiro, existiu a habitação de alguns casais no seu couto, possivelmente, uma dádiva dos seus fundadores e padroeiros do século XI e XII.
Este teve vários senhores, D. Paio Rosendes, durante a primeira metade do século XII, mas de entre estes, marcou-se pela positiva, a figura de Frei Paio Guterres, que durante meados do século XIV, realizou obras de grande vulto na construção religiosa.

Igreja composta por planta cruciforme de três naves, sendo a central mais elevada, cabeceira formada por abside rectangular e dois absidíolos. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas. A fachada principal, escalonada, mostra um portal inserido num gablete superiormente corrido por um renque de modilhões. Tem quatro arquivoltas de toros diédricos que se apoiam em finas colunas. Nos seus capitéis abundam as sereias com peixes na mão e as folhagens biseladas que descem do topo dos ábacos. Na empena, rasga-se uma fresta chanfrada românica e no fastígio assenta uma cruz. Nos topos do transepto existem portais laterais. No interior, mostra arcos-diafragma, definindo quatro tramos desiguais, assentes sobre pilares cruciformes. Sobre o arco triunfal abre-se uma rosácea simples. Capela-mor com retábulo de talha e painel central. Nave com cobertura de madeira, capela-mor com abóbada de volta redonda e absidíolos em quarto de esfera. Torre sineira de planta quadrangular, com alçados bastante altos e reforçados a meio por contraforte pouco saliente; é rasgada por fresta e, no topo, por janela de dois lumes; remate, avançado sobre modilhões com merlões piramidais. Tem acesso por um portal com duas arquivoltas esculpidas com decoração animalesca e em ziguezague e capitéis lanceolados ostentando no tímpano um Agnus Dei. No seu coroamento, mostra merlões pentagonais com o adarve avançado. Entre outros adornos pode-se encontrar várias figuras: tremenda imagem de sedução do diabo; uma ave perseguida pelas serpentes.

O Brasão da igreja tem no meio um castelo, um sol e um leão e em cima tem uma coroa e uma bengala porque S.Bento era Bispo. O sol representava que trabalhavam de sol a sol; o castelo constituía a riqueza e o leão porque trabalhavam muito.
As gavetas dos móveis eram numeradas com letra romena e cada uma delas correspondia a um certo monge, onde este guardava o pano que tapava os cálices. Muitas das mais belas antigas imagens de madeira e o órgão que existia, foram roubados quando os mouros fugiram deste território.
Visite o Mosteiro de Travanca pois é considerado a melhor “expressão arquitectónica” do simbolismo românico em Amarante, este encontra-se sob afluência do românico existente na Catedral de Santiago de Compostela, em virtude do seu estilo vanguardista daquela época.

Bibliografia

Título: História da Arte em Portugal - O Românico
Local: Lisboa
Data: 2001
Autor(es): ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de

Título: Ponte de Lima no tempo e no espaço
Local: Ponte de Lima
Data: 2000
Autor(es): REIS, António Matos

Título: Simbologia do Românico de Amarante, 2ªed.
Local: Amarante
Data: 1997
Autor(es): GARCÍA, Xosé Lois

Título: As mais belas igrejas de Portugal, vol. I
Local: Lisboa
Data: 1988
Autor(es): GIL, Júlio

Título: História da Arte em Portugal, vol. 3 (o Românico)
Local: Lisboa
Data: 1986
Autor(es): ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de

URL: http://www.ippar.pt/pls/dippar/pat_pesq_detalhe?code_pass=69880

URL: http://www.turismoreligioso.org/

URL: http://solsapo.pt/blogs/plenacidadania/archive

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Igreja Velha/Divino Salvador

Identificação

Designação: Igreja Velha/Divino Salvador
Categoria / Tipologia: Arquitectura Românica /Igreja

Localização

Divisão Administrativa: Porto / Amarante / Real
Endereço / Local: Igreja Velha/Real

Protecção

Situação Actual: Não Classificado

Descrições

Nota Histórico-Artistica

A Igreja Velha, de arquitectura românica, data do século XVII, mas com importantes mutações, vislumbrando-se uma fachada renascentista.

Da Igreja Velha de Real resta apenas um conjunto da antiga fábrica românica, pórtico e uma estela funerária encravada no muro sul.
O pórtico é constituído por dois fustes e capitéis de ambos os lados da porta da entrada e os elementos figurativos formam parte dos já comentados e relacionados com temática vegetativa: símbolo cósmico que evoca a natureza, e todas as suas personificações que tanto emanam daquele símbolo central e universal como é a árvore da vida que nos lembra a regeneração mítica das virtudes do ser humano integrado em Deus. Aqui está manifestado o binómio eucarístico do pão e do vinho.

O primeiro capitel da direita representa o pão com espiga exaltada. O segundo capitel representa a palha do cereal, entrecruzada e deixando no meio um vazio romboidal. O primeiro capitel da esquerda é dedicado à videira num formato onde se misturam outros monumentos labirínticos, circulares e romboidais de exaltação cósmica. O segundo corresponde à mesma leitura.
Nos fustes também há elementos simbólicos diferenciados. Os dois primeiros da entrada são circulares e simbolizam a perfeição do centro (Deus) com seus membros. O fuste românico simboliza, ao mesmo tempo, a palavra de Cristo. Por sua vez, os fustes interiores têm uma estrutura octogonal relacionada com o equilíbrio cósmico.

A estela funerária que, presumivelmente, procede do interior do templo e está em péssimo estado de conservação mantém ainda, os seus símbolos que, caracterizam o defunto que, pelos atributos que aqui se expressam, era membro da hierarquia eclesiástica. Esta tem uma compacta, harmónica e lúcida riqueza simbólica que abarca a luminosa vida que começa na morte, segundo a leitura simbólica que parte das interpretações evangélicas.
A totalidade dos símbolos que na Igreja se expressam, são nove, número que tem um significado intenso e relacionado com a tradição da vida e da morte.

No centro geométrico está uma cruz latina com três espirais de cada lado e na parte superior uma cabeça. Na superior esquerda, há uma cruz com auréola. A cruz latina é o atributo cristão do falecido.
As seis espirais são dobles que significam o eterno retorno. A espiral é um símbolo universal que uma diversidade de culturas tem configurado de diversas formas simbolistas.
A cruz de quatro travessas ou braços iguais dentro de uma auréola legitima a ressurreição de Cristo (triunfo da cruz), vitória sobre a morte.

Bibliografia

Título: Jornal de Vila Meã
Local: Vila Meã
Data: Ano 1/ Nº3/ 1999
Autor(es): Xosé Lois García

URL: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=55553#lista
Autor(es): genneall.net

URL: http://www.ippar.pt/
Autor(es): IPPAR

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